Saturday, December 22, 2007

O natal é estúpido e isso é inquestionável, quer dizer, é questionável, mas a essa questão responderia sempre “foda-se, isso questiona-se?” e o inquiridor ficaria sempre arrumado e se não ficasse, atiçava-lhe um cão, que é sempre o meu plano B e funciona sempre, menos com o João Proença da UGT, que parece que tem um apito para cães na boca sempre que fala e o cão começa a andar ás voltas e acaba a comer o próprio cocó, que é uma cena que em humanos até funciona bem, mas nos animais é nojento, isto sabendo que o gajo vai lamber a própria pila e não sei quê e que depois vai haver uma bloquista solitária que a vai pôr na boca e que depois vai aos Prós e Contras sobre “Depilação da axila” pelo Não e vai pegar as doenças todas dela a uma gaja boa do Sim, na casa de banho, que mais tarde eu vou embriagar e levar para a cama e depois um gajo anda cansado e a pensar que poderá ter sido daquela patanisca que parecia mal frita, à medida que começa a ficar cada vez mais parecido com o Daniel Oliveira, que é estilo o gajo mais estúpido do mundo, sem contar com ele, mas a contar com o Mário Lino e com aquele abutre dos desenhos animados, que se deixava sempre enrolar pelo Bugs Bunny e um gajo sabe que o bloco é a Joana Amaral Dias (Kudos para ti) e um conjunto de gajos que lhe querem saltar para cima, mas não têm paleio para meter conversa com ela num bar, onde provavelmente nunca conseguiriam entrar, com as suas meias de flanela e boxers de bombazina, eu sei porque já vi uma gaja do bloco nua e a gaja, se fosse homem, conseguia esconder a calvície com os pêlos púbicos, se é que me entendem, porque se não me entenderem, visitem o hairybitches.com, mas não comam antes.

Thursday, December 20, 2007

Um gajo curte ajudar as crianças pequenas, porque as gajas são o futuro e essas merdas e um dia mais tarde um gajo vai ter setenta anos - eu não que comecei a fumar aos 7, má influência de uma prostituta romena que sabia chegar ao fim com o Zangieff no Street Fighter – e vai precisar da boa vontade desta malta para nos meterem os cateteres e para nos ajudarem a mexer com o telemóvel e essas cenas que os velhos não conseguem fazer, isto para além do cocó que vai ser preciso limpar, porque, no futuro, a única cena que as baratas gigantes nos vão deixar comer é feijão e manteiga de rum, disse-me um amigo meu que já foi ao futuro ver se se podia fumar, porque lá na empresa do gajo disseram que faziam 50/50 entre bilhetes do circo no gelo e bilhetes para o futuro e o gajo disse que para ver leões a patinar, ia ao José Alvalade e para fumar, só cá fora e o gajo trabalha no 11º andar, junto à DRH, que é o sítio onde há mais gajas boas por mosaico e lavadinhas, com sistemas imunitários a responder e com ética, porque se eu estivesse no lugar delas, com os dados de toda a malta da empresa, ia ficar com uma rede do hi5 estilo aqueles gajos dos morangos com açúcar que têm as miúdas todas atrás deles e nem sabem pronunciar a palavra “Ditongo”, enquanto um gajo anda aqui a ler a obra do Finn E. Kydland só para ter um paleio preparado na área de políticas monetárias e a fazer data mining ás bases de dados da Elle só para saber o que é, de facto, uma echarpe, porque eu tenho um cachecol largo e preciso de saber se sou maricas, ou se sou apenas um gajo com frio. Se for a primeira hipótese, tenho uma pila pequena…

Monday, December 17, 2007

Um gajo sabe que não nasceu para trabalhar quando puxa uma hérnia a fazer um diagrama de classes em UML ou transpira só de pestanejar, que já me aconteceu quando joguei ao assassino com o pessoal do escritório, mas com cartas do Uno, mas do carro italiano, que é o antecessor do punto e com gajas em cima do capot, daquelas que um gajo tem que molhar o dedo e esfregar a carta só para lhes ver o chalito (palavra que inventei agora), que aparecem com maiots daqueles à Judas Priest a fazer o camel toe, que é uma cena que só os gajos entendidos em pornografia conhecem e funciona como o estrutural funcionalismo da pornografia, em termos de estilo e isso. Tudo o que eu gosto de fazer não é valorizado pelo mercado de trabalho: gosto de estar deitado, gosto de estar de lado, gosto que me cantem ao ouvido, curto camomila e candeeiros a meia-luz. Mas porque é que não posso transformar nenhuma destas paixões em profissão? Porque o mundo não faz sentido e faz troça cada vez que um gajo diz querer ser feliz e depois diz-nos com espanto: “olha ali um pássaro morto!”, apontando para o ar, e à medida que um gajo olha, inocente, dá-nos um pontapé nos tomates e vai-se embora a sorrir para os amigos. Este tipo de mundo merece ser aquecido com gazes e dióxido de carbono, para não perder a humildade e eu percebo destas merdas das relações porque eu uma vez tive uma namorada e a gaja achava que era boa de mais para mim, talvez por ter três mamilos e eu só ter um testículo e eu, ás vezes, tinha que lhe tirar as muletas e deixá-la cair só para ela não se armar em esperta, apesar de a amar e essas cenas e ás vezes até lhe dava beijinhos na chacha e ela sabia que eu só lhe queria bem, tanto que só chamou uma vez a polícia e foi a municipal, que são gajos que se levam na boa com dois cigarros, mesmo que sejam de mentol, porque o bigode nunca lhes deixa chegar o fumo ao nariz e os gajos não conseguem distinguir um Davidoff de um incêndio na Norauto.