Eu sou o melhor gajo do mundo a jogar ao macaquinho do
chinês, mesmo quando jogo contra malta de Alfama (mais difícil de eliminar pela
via “Vi-te os dentes”), isto porque consigo intercalar a inércia de um Stephen
Hawking com o repentismo de um Jackie Chan, tanto que da última vez que joguei,
cada vez que a gaja que estava a apanhar se virava, eu tinha uma nova cagadela
de pombo no casaco e mais vinte cêntimos numa lata de salsinhas Nobre usada,
que nem sei de onde apareceu, tal o meu nível de imobilidade, e mesmo assim
consegui acabar a cena antes que o Chico Gago dissesse “Brócolos” e isto tudo
sob o olhar atento do senhor Pires, antigo melhor gajo do mundo a jogar ao
macaquinho do chinês, que alegadamente engravidou uma gaja enquanto esta contava
até 3 (não há testemunhas, mas há um puto que, com vinte anos, atira fezes ás
pessoas e tem um metro e vinte (se isto não é um macaquinho do chinês então não
sei (curto bué parêntesis))), tamanha a subtileza e agilidade do homem, só que
o Parkinson já lhe escorria pela família e agora, para lhe tirar fotografias
como deve ser, só pousando a câmara naquelas máquinas que calcam a calçada,
porque se não aparece todo desfocado, tanto que na última fotografia de grupo,
pensava que ele era o anjo de guarda de alguém, mas se aquela malta tivesse
anjos da guarda, eu teria que numerar os meus ou criar mnemónicas relacionadas
com autores russos.
2 Comments:
tu podes ser o melhor do mundo em muita coisa, mas estás longe de ser o melhor do mundo a dar presentes, porque esse lugar já está ocupado.
Sim, mas sou segundus.
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