Sou um gajo ambicioso, uma vez até fui presidente do conselho de administração da edp por um dia, depois de ter ganho um passatempo no diário económico, tendo tomado a célebre medida de pôr Lisboa inteira a ser abastecida por um grupo de três mestres de reiki e um pós-graduado do feng-shui e a cena só não resultou porque os gajos não levavam aquilo a sério e iam de sandálias e calças de linho para o trabalho e havia um deles que até tinha uma aureola e fazia milagres e disse-lhe: “se queres curar cegos, fazes primeiro esse balancete, porque não há cá galegos”, embora houvesse um, no sexto piso, que tinha os dentes mais machados que a colcha da carolina salgado, não querendo isto dizer que ela já fez amor com muitos homens, se bem que há um amigo meu que já lá foi e que diz que a gaja até aceita senhas da eurest, que é aquela cadeia de restaurantes que leva 70 euros por uma sandes de atum, um compal de pêra e um daqueles bolos com chantily e com um fio de doce de ovos no topo, para além de um gajo ainda ter que se servir e deixar os tabuleiros no armário metálico depois da refeição, que é a mesma cena que ir ao barbeiro e ainda ter que varrer o chão a seguir, para dar aos pobres ou lá o que é que os barbeiros fazem, isto para além de tomarem no cu, que é estilo um passatempo dos gajos, como os homens de negócios que jogam squash. Eu conheci um barbeiro que era heterossexual e que na escola de barbearia ou politécnico ou o caneco tinha fotos de gajas nuas no cacifo e que foi violentamente espancado uma noite na camarata só porque não gostava de bebés, até que um dia o gajo se passou e como no full metal jacket pegou numa arma - no caso uma tesoura daquelas de cortar os pêlos do nariz – e abriu a goela a dois, o que foi uma cena à homem, isto até o gajo começar a chorar de remorso e se revelar um granda panaleiro (com dois as é mais paneleiro do que com um). Hoje vive num ermo com o armando e com dezassete gatos e sabe o nome de todos. E pensar que este gajo um dia me cortou o cabelo à tigela.
Friday, August 10, 2007
Thursday, August 02, 2007
Os caracóis este ano estão ranhosos comó caneco e lá diz o povo: mau ano de caracóis, pouca terra nos lençóis, seja lá o que isso for, porque o povo é sábio, mas só em jantares convívio da crinabel e a ver a herança de verão com os amigos, comó meu pai que não sabe a capital da Áustria, mas manda bitaites sobre questões de botânica tropical e um gajo fica naquela – eu em pequeno levava socos na garganta por dizer cenas menos estúpidas e ainda me obrigavam a andar nu na praia, não obstante me terem começado a crescer pêlos púbicos aos dois anos, culpa da fábrica da johnson lá ao pé da minha casa, que o processo ainda corre em tribunal, embora os gajos me tenham oferecido 2 milhões cotonetes para desistir, ao que eu respondi: mas “cotonetes dos quais?” e até hoje ficámos assim. Eu uma vez ganhei um prémio da johnson por ter sido o melhor aluno de todos os tempos na primária lá do meu bairro, tendo batido por larga margem o registo do ”Cacholas”, que tinha acabado meio físico e social com a nota de “satisfaz bastante – para filho de um estucador”. Digamos que a minha família andou dois anos a cheirar a rabo de bebe/velho incontinente, tendo sido nessa altura que eu dei o único beijo ao meu pai, num jogo de verdade ou consequência em que me recusei a responder à questão: “Donde viemos e o que estamos aqui a fazer?”. Nesse mesmo jogo, dei um linguado à minha tia bela e fiz um fisting à minha prima Carla. Neste jogo, como em todas as guerras, ninguém ganhou.