eu sou o melhor gajo do mundo em desportos aquáticos e a minha mãe pode prová-lo, porque tem a cassete da minha primeira ecografia e eu, no líquido amniótico, fazia já coreografias espantosas, sem touca ou grampos no nariz, que essas merdas são para maricas, tanto que na segunda ecografia vieram já dois treinadores russos para ver um número que eu fazia, que consistia em saltar à corda com o cordão umbilical ao ritmo do shake your body dos jackson five e um dos russos quis logo assinar um pré-acordo com os meus pais para, aos cinco anos, ir treinar o ivan drago para as montanhas do cáucaso, isto com o propósito de derrotar um americano qualquer que não tinha vingado na indústria porno e capitalizou essa frustração para o ringue, mas os meus pais tinham outros planos para mim, que incluíam estudos e trabalho na lavoura, que fui o primeiro gajo no mundo a cantar um poema de craig raine na apanha da azeitona e também fui o primeiro e único gajo a inventar um algoritmo que faz chover e isto resultou de uma simples inversão no fluxo de previsão assegurado pelo meu joelho, porque se o gajo me dói cada vez que chove, apenas é necessário um martelo e algum estoicismo para fazer chover, e com esta descoberta proporcionei a melhor colheita de vinho verde do mundo e hoje tenho um feriado municipal com o meu nome, com direito a procissão e bailarico e foi num destes festins que ganhei o título de melhor dançarino popular do mundo, quando rodopiei tanto a alzira que a gaja perdeu as chaves de casa e só as encontrou dois dias mais tarde na aldeia vizinha e ainda estavam incandescentes.

eu sou o melhor gajo do mundo a combater malta da cgtp, mesmo que não tenham bigode, que é a espécie mais evoluída de comuna, que já consegue comer de boca fechada e fazer chichi num penico, mas ainda esbraceja quando se fala em cotonetes e tenho uma sala de jantar somente decorada com bustos embalsamados de alguns ilustres comunistas com que travei nobres batalhas, eles com arados e eu com uma 9 mm, que esta malta tem mãos grossas do campo e é prudente manter a devida distância, até porque os gajos têm doenças esquisitas que funcionam em regime cooperativista e uma gonorreia associada a uma conjuntivite aguda resulta em dois focos de infecção com fluxo de saída de líquidos, que confundem o sistema imunitário e depois as bactérias más começam a distribuir panfletos ás bactérias boas e vai-se a ver já está tudo encostado ás paredes a coçar a tomatola enquanto o organismo dá de si ao primeiro sinal de gripe, e depois um gajo tem que andar a apanhar injecções de penicilina, que é a mesma coisa que um gajo se sentar em cima daquele bidão com vidros onde o van damme passa as luvas no kickboxer, antes de arrear no chinês que mexe as mamas, que se eu tivesse que lutar com o gajo não sei se lhe batia ou se me batia antes uma canhola, isto sem pôr em causa a vitória, porque eu sou o melhor gajo do mundo em free-style karate e uma vez, em odivelas, limpei três ciganos que queriam o meu cinto da el charro, sem apagar o cigarro que ia a fumar, isto porque a minha luta é como um F16 numa demonstração da força aérea, rápida e a deixar rasto e houve até um velho chinês que desceu duma árvore e me pediu para ir proteger a aldeia do gajo em troca de comida e gajas à descrição e eu disse que não porque o gajo não tem sport tv e grande parte da minha angst vem das derrotas do Benfica.

Eu sou o melhor gajo do mundo a usar terminologia de consultoria de gestão, que no outro dia fiz um powerpoint inteiro em inglês e no present continuous, isto sem recorrer aos termos clássicos, como benchmarking ou gagging, que os administradores ficaram logo extasiados e um ainda se esgueirou por debaixo da mesa para me fazer um footjob, ao que eu repliquei “se me queres fazer um tug, vais ter que fazer um downsizing dessa unhas, que uma coisa é dedilhar o street spirit numa guitarra acústica ou coçar as costas a um agricultor e outra é tocar aqui no wee-wee de um gajo” e aí o presidente do conselho de administração ficou naquela: “este puto tem bull size balls” e fui logo ali promovido a administrador executivo, com o pelouro das finanças e da coolness, que é uma área nova de auditoria interna, na qual tenho poderes ilimitados, até para beber sangue de alguns funcionários e requisitar as suas crianças para impressionar gajas ao fim-de-semana, que no outro dia fui com o filho do tavares da contabilidade à praia e as gajas pareciam varejeiras à volta de cocó e algumas delas aproveitaram para fazer o irs, porque o puto é jeitoso com os números e foi ele que me disse que podia pôr a factura do chickswithdicks.com nas despesas de educação, porque, no fundo, um gajo aprende que uma saia e um brincos largos não fazem uma mulher, mesmo que ela se encontre elegantemente sentada no balcão de um bar e goste de literatura sul-americana.