Friday, August 10, 2007



Sou um gajo ambicioso, uma vez até fui presidente do conselho de administração da edp por um dia, depois de ter ganho um passatempo no diário económico, tendo tomado a célebre medida de pôr Lisboa inteira a ser abastecida por um grupo de três mestres de reiki e um pós-graduado do feng-shui e a cena só não resultou porque os gajos não levavam aquilo a sério e iam de sandálias e calças de linho para o trabalho e havia um deles que até tinha uma aureola e fazia milagres e disse-lhe: “se queres curar cegos, fazes primeiro esse balancete, porque não há cá galegos”, embora houvesse um, no sexto piso, que tinha os dentes mais machados que a colcha da carolina salgado, não querendo isto dizer que ela já fez amor com muitos homens, se bem que há um amigo meu que já lá foi e que diz que a gaja até aceita senhas da eurest, que é aquela cadeia de restaurantes que leva 70 euros por uma sandes de atum, um compal de pêra e um daqueles bolos com chantily e com um fio de doce de ovos no topo, para além de um gajo ainda ter que se servir e deixar os tabuleiros no armário metálico depois da refeição, que é a mesma cena que ir ao barbeiro e ainda ter que varrer o chão a seguir, para dar aos pobres ou lá o que é que os barbeiros fazem, isto para além de tomarem no cu, que é estilo um passatempo dos gajos, como os homens de negócios que jogam squash. Eu conheci um barbeiro que era heterossexual e que na escola de barbearia ou politécnico ou o caneco tinha fotos de gajas nuas no cacifo e que foi violentamente espancado uma noite na camarata só porque não gostava de bebés, até que um dia o gajo se passou e como no full metal jacket pegou numa arma - no caso uma tesoura daquelas de cortar os pêlos do nariz – e abriu a goela a dois, o que foi uma cena à homem, isto até o gajo começar a chorar de remorso e se revelar um granda panaleiro (com dois as é mais paneleiro do que com um). Hoje vive num ermo com o armando e com dezassete gatos e sabe o nome de todos. E pensar que este gajo um dia me cortou o cabelo à tigela.

Thursday, August 02, 2007

Os caracóis este ano estão ranhosos comó caneco e lá diz o povo: mau ano de caracóis, pouca terra nos lençóis, seja lá o que isso for, porque o povo é sábio, mas só em jantares convívio da crinabel e a ver a herança de verão com os amigos, comó meu pai que não sabe a capital da Áustria, mas manda bitaites sobre questões de botânica tropical e um gajo fica naquela – eu em pequeno levava socos na garganta por dizer cenas menos estúpidas e ainda me obrigavam a andar nu na praia, não obstante me terem começado a crescer pêlos púbicos aos dois anos, culpa da fábrica da johnson lá ao pé da minha casa, que o processo ainda corre em tribunal, embora os gajos me tenham oferecido 2 milhões cotonetes para desistir, ao que eu respondi: mas “cotonetes dos quais?” e até hoje ficámos assim. Eu uma vez ganhei um prémio da johnson por ter sido o melhor aluno de todos os tempos na primária lá do meu bairro, tendo batido por larga margem o registo do ”Cacholas”, que tinha acabado meio físico e social com a nota de “satisfaz bastante – para filho de um estucador”. Digamos que a minha família andou dois anos a cheirar a rabo de bebe/velho incontinente, tendo sido nessa altura que eu dei o único beijo ao meu pai, num jogo de verdade ou consequência em que me recusei a responder à questão: “Donde viemos e o que estamos aqui a fazer?”. Nesse mesmo jogo, dei um linguado à minha tia bela e fiz um fisting à minha prima Carla. Neste jogo, como em todas as guerras, ninguém ganhou.